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APM: Ministério da Saúde coloca vidas em risco com inclusão de terapias sem comprovação científica n


O Ministério da Saúde acaba de anunciar a inclusão de dez novas Práticas Integrativas e Complementares para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). São elas, apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.

De acordo com o diretor adjunto de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, João Sobreira de Moura Neto, são técnicas sem qualquer base na Medicina e sem uma só evidência científica que comprove eficácia.

A avaliação é que o Ministério da Saúde usa a incorporação das práticas integrativas como forma de desviar a atenção dos cidadãos para o caos da assistência pública.

Em um momento em que o SUS aproxima-se de um colapso em virtude do subfinanciamento (agravado pelo congelamento por 20 anos dos investimentos em saúde estabelecido na PEC 241, aprovada pelo Congresso Nacional, por encomenda do Governo Federal), de inúmeros problemas de gestão e de escândalos de corrupção, adota-se a perigosa estratégia de disponibilizar aos pacientes “tratamentos” de efeito placebo, que inclusive podem colocar vidas em risco por ineficácia.

“O sistema sofre com a falta de acesso e há pessoas aguardando mais de um ano por certos procedimentos. São filas imensas para marcação de simples consultas e fica cada vez mais impossível agendar cirurgias de alta complexidade”, pontua o diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury. “Se tivesse um bom gestor nesta área, o Governo focaria na promoção e prevenção às doenças com tratamentos de resultados comprovados por evidências científicas, para reduzir o sofrimento dos pacientes. Não é o que ocorre, lamentavelmente”.

“Estão investindo nas chamadas técnicas alternativas para ludibriar a sociedade. Se não são tecnicamente compradas, obviamente, somos contrários”, complementa Sobreira. “Temos diversos gargalos no SUS que ferem a dignidade e o direito da população, como a falta de leitos hospitalares, filas nas emergências e cirurgias. É nestes pontos que o Ministério deveria centrar suas atenções”

Na compreensão dos diretores da Associação Paulista de Medicina, as autoridades deveriam respeitar os cidadãos, assim como o dinheiro público. Colocar recursos de impostos dos brasileiros em terapias sem comprovação científica é um atentado contra a Nação, em

particular no momento atual, em que o Brasil segue afundado em grave crise econômica e com importantes problemas sociais.


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