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X Congresso Paulista de Medicina Reprodutiva e I Jornada Internacional de Especialidades da SOGESP


Em 9 e 10 de dezembro, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo em parceria com a Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR) realizam, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, a I Jornada Internacional de Especialidades da SOGESP e o X Congresso Paulista de Medicina Reprodutiva.

Haverá a presença de renomados médicos nacionais e internacionais, que abordarão assuntos de extrema importância na prática diária, como reprodução assistida, infecções genitais e anticoncepção.

A comissão organizadora é formada por Paulo Cesar Giraldo, presidente da SOGESP; Jarbas Magalhães, vice-presidente da SOGESP; e Newton Eduardo Busso, presidente da SPMR.

“Traremos tecnologia avançada e alguns tratamentos que estão sendo implementados em outros locais, proporcionando atualização, reciclagem e inovação para a Medicina Reprodutiva”, afirma Newton.

Na área de reprodução assistida, os destaques da programação são transplante uterino; abortamento de repetição; gestação incipiente de localização desconhecida; atualização da indução da ovulação; e diagnóstico genético.

“A reprodução humana, hoje em dia, é uma dos principais campos de interesse da paciente. É um assunto muito em voga, tanto a parte da fertilização assistida para tratamento dos casais inférteis, quanto a de preservação da fertilidade – que atende a mulheres inférteis em busca de alternativas como o congelamento de óvulos, por exemplo”, explica o dr. Leopoldo Tso, médico sócio do Projeto Alfa (Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida) e membro do Conselho Editorial da Revista SOGESP.

Ocorrerão wokshops sobre os transplantes uterinos, tecnologia de ponta criada na Súecia, com os suecos Mats Brännström e Pernilla Dahm-Kähler.

“O transplante uterino abre perspectivas para mulheres receberem a doação do órgão em casos de agenesia, histerectomia, malformações ou outras afecções que impeçam a ocorrência de uma gravidez, podendo substituir o que hoje chamamos de cessão temporária do útero. Isso é inovação, tecnologia de ponta e a grande novidade do Congresso”, conta Newton Busso.

Em relação a infecções genitais, a I Jornada Internacional de Especialidades da SOGESP enfocará profunda e cientificamente sobre essas disfunções, comum entre as mulheres e principal causa de infertilidade.

Assuntos como vaginose bacteriana e candidíase vaginal serão discutidos entre grandes especialistas mundiais e estudiosos destes problemas, como Larry Forney, professor que trabalha com microbioma vaginal; Steve Witkin, professor de infecção na Universidade de Cornell e especialista em imunologia; e Phillip Ray, uma das maiores autoridades sobre vaginose bacteriana.

“O ecossistema vaginal (microbioma) é fundamental para uma série de condições, pois está ligado à reprodução humana e até à autoestima da mulher. Na boca, no intestino e na bexiga temos uma série de mecanismos de defesa do organismo contra infecções; mas na vagina não é assim, já que a presença de um sistema muito efetivo de eliminação ou de resposta imunológica impossibilitaria os espermatozoides de subirem e, consequentemente, comprometeria a reprodução humana. Os lactobacilos presentes na vagina a deixam com pH bem ácido, entre 3,8 e 4,5, impedindo que outras bactérias, prejudiciais, cresçam. Porém, estas querem sobreviver, e para isso utilizam mecanismos de agressão do tecido, formando biofilmes – que dependem do microbioma vaginal para dar as condições locais físicas e químicas para serem ou não produzidos, interferindo, consequentemente, na saúde vaginal -. Logo, não é apenas o hormônio que conta, o próprio ecossistema vaginal se regula. Por isso, estamos trazendo essas três pessoas de altíssimo padrão para falar sobre o tema”, alerta o dr. Paulo Giraldo.

Os principais pontos de debate nos painéis Infecções Genitais serão vaginites não-habituais; vulvovaginites, sexualidade e psiquismo feminino; novas perspectivas no tratamento e diagnóstico da vaginose bacteriana; e atualização em candidíase vaginal. “Mostraremos que o rastreamento de possíveis infecções em pacientes ginecológicas normais é essencial para verificar se há bactérias e agentes que provoquem infecções e a consequente infertilidade. Isso porque muitas mulheres só descobrem que estão infectadas quando não conseguem engravidar”, informa Adriana Campaner, médica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Já na área de anticoncepção serão abordados os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (os LARCS); as novas pílulas de estradiol; o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel; e anticoncepção contínua e estendida. Será discutida a interrelação de anticoncepcionais com várias comorbidades, como enxaqueca, obesidade e conduta pós-cirurgia bariátrica. Para isso, estarão presentes os melhores especialistas do Brasil e a especialista portuguesa Teresa Bombas, uma das “experts” mundiais dos LARCS e um dos destaques da Sociedade Europeia de Anticoncepção.

“Trataremos do tratamento do sangramento uterino aumentado com anticoncepcionais – tanto com pílulas anticoncepcionais quanto com o sistema intrauterino liberador de hormônio dentro da cavidade uterina; bem como os sintomas desse problema, que trazem prejuízos como anemia, dificuldades no trabalho, falta de concentração e de memória, entre outros”, informa Jarbas Magalhães.

“Os métodos contraceptivos têm se desenvolvido em grande velocidade desde o lançamento da primeira pílula anticoncepcional. Nos últimos anos, muito se fala sobre a supressão da menstruação com o uso estendido dos contraceptivos orais. A experiência clínica e os estudos mais recentes mostram que as pílulas de uso contínuo são eficazes e seguras, além de beneficiar mulheres que apresentam sintomas indesejáveis durante as menstruações. Mais do que uma tendência, o uso é cada vez mais recomendado em determinadas situações”, expõe o dr. Rogério Bonassi, 2º vice-presidente da SOGESP.

Os tratamentos a serem apresentados possibilitarão atualização e inovação dentro da área da Medicina Reprodutiva. Por isso, biólogos, médicos, psicólogos e enfermeiros podem se beneficiar com os conhecimentos que serão apresentados e estão convidados.

“Nada melhor do que encerrar o ano com chave de ouro em um encontro internacional com os grandes nomes nacionais e internacionais da Medicina Reprodutiva”, finaliza Jarbas.


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