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Valorização do Pediatra é prioridade da Diretoria da SBP


A defesa de uma pediatria melhor a cada dia é um compromisso da atual Diretoria da SBP. Já durante o processo eleitoral, vencido pela chapa O Pediatra em Primeiro Lugar, a hoje atual presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciana Rodrigues Silva, deixava claro qual seria o perfil de sua gestão, ao afirmar ser imprescindível que um trabalho contínuo, firme e sem tréguas pela valorização de todos os especialistas do País.

Dito e feito. Desde a posse, Luciana Rodrigues e os demais membros da gestão atuam permanentemente para inserir a SBP em debates essenciais, como a melhoria dos honorários na saúde suplementar, a redução de impostos para os pediatras, por meio da aprovação do Supersimples, e a carreira de estado no Sistema Único de Saúde (SUS).

Todas essas iniciativas passam pela Diretoria de Defesa Profissional, que tem como titular o pediatra de São Paulo, Marun David Cury, com o aval da Executiva da Sociedade. Assim, de forma democrática e descentralizada, começa a se consolidar uma linha de ação que tem tudo para trazer frutos dos mais importantes para os pediatras, além do fortalecimento das Regionais.

A seguir, você pode conferir o que mais a Sociedade Brasileira de Pediatria almeja no campo da Defesa Profissional, em entrevista com o diretor Marun David Cury.

Quais são as metas da defesa profissional nesse momento?

A ideia é valorizar o pediatra em termos monetários e também resgatar sua autoestima. Precisamos acabar com uma distorção atual, que é o fato de cada vez mais a pediatria ser feita em pronto-socorro, em vez de no consultório. Isso ocorre por que muitos colegas estão sobrevivendo fundamentalmente à base de plantões. A rede pública remunera mal e os planos de saúde também praticam honorários sofríveis. O resultado é que o pediatra é obrigado a acumular vários empregos e chega a trabalhar, em alguns casos, mais de 60 horas semanais, conforme demonstra recente pesquisa DataFolha encomendada pela Sociedade de Pediatria de São Paulo.

O que está sendo feito para reverter esse quadro?

A atual presidente da SBP, a dra. Luciana, estabeleceu como uma de sua prioridades a Defesa Profissional. Tem apoiado integralmente as iniciativas para fazer com que o pediatra volte a se orgulhar da especialidade e sinta-se reconhecido e recompensado. Para tanto, já estamos atuando em várias frentes. Um caminho que começamos a trilhar é a abertura de diálogo com os planos de saúde. Queremos conversar com todos sobre a revisão dos honorários pagos atualmente para consultas e demais procedimentos. É inadmissível que um profissional que cuida do futuro do País e do mundo, ou seja, de nossas crianças, não seja adequadamente remunerado. Queremos e vamos obter negociações melhores com valores dignos para o trabalho do pediatra.

E no Sistema Único de Saúde, o que a SBP buscará?

Precisamos de remuneração justa em todas as relações de trabalho. A rede pública não pode fugir à regra. Já estamos pleiteando, junto a outras entidades médicas, que os parlamentares tratem com prioridade um projeto de lei que estipula a criação de uma carreira de estado para os médicos, a exemplo da existente no Judiciário. Outra coisa é que em nenhum lugar do Brasil o pediatra pode ganhar menos do que o preconizado como piso pela Federação Nacional dos Médicos, R$ 12.993,00 para 20 horas semanais.

Parece que a SBP também está tentando reduzir a carga tributária dos pediatras. Isso procede?

Sim, esse é outro trabalho que realizamos em parceria com entidades coirmãs. Nessa caso, quem começou a luta pela redução de impostos foi a Associação Paulista de Medicina e nos unimos a ela para engrossar nosso poderio e sensibilizar os parlamentares. Já conseguimos importante vitória. O Senado aprovou por unanimidade (65 votos a favor), em 21 de junho, a atualização das regras para o enquadramento das empresas no Supersimples. Assim, os médicos passarão a pagar tributos menores, pois serão enquadrados na Tabela III, com alíquotas de 6% para quem tem até R$ 180.000 de receita bruta em doze meses. No momento, aguardamos a normatização definitiva no Congresso Nacional; as perspectivas são alvissareiras.

A SBP também está centrada na defesa do jovem médico?

Sem dúvida alguma. É nosso dever dar toda a condição para que o jovem pediatra entre no mercado de trabalho com segurança e em uma condição favorável tanto economicamente quanto para o exercício adequado da especialidade. Promoveremos iniciativas voltadas exclusivamente para esses colegas, inclusive por ter consciência que são o futuro de nossa Sociedade e da Pediatria. O foco é oferecer todo o apoio ao jovem pediatra e aproximá-lo cada mais da SBP. É uma forma de fortalecê-lo e de, ao mesmo tempo, tornar mais robusta nossa entidade.


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