A Ciência certamente vencerá o desafio da Covid. Mais dia, menos dia, dela lembraremos como um triste momento da história global. Constará de livros escolares e na literatura geral como uma crise sem precedentes, responsável por um lastro de mortes estarrecedor. Porém, uma crise superada e tomada como aprendizado para dias melhores.
O preço do SARS-CoV-2 nos é caro demais. Meio milhão de óbitos, algo como dez vez o estádio do Maracanã lotado. Veja isso e reflita: o Brasil tem 5.570 municípios. Apenas 49 deles com mais de 500 mil habitantes.
São tempos de dor e tristeza, que exigem solidariedade e atitude. Temos de nos reinventar, inovar, pensar e repensar. Todos, em suas respectivas áreas, precisam mirar os avanços em prol do coletivo e trabalhar por eles. Essa é a hora.
Nós, os médicos, temos enfrentado a pandemia com dignidade e compromisso com a saúde dos pacientes, é verdade. Só que também podemos ofertar ainda mais por uma sociedade equilibrada e saudável. Investir em educação continuada dos especialistas é exemplo de ação necessária e transformadora.
Em outubro, daremos bom passo neste sentido. Será realizado o 16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica, em Campinas. Aliás, em formato híbrido, com programação científica presencial e on-line.
Médicos clínicos, estudantes e médicos das diversas áreas de especialidade tradicionalmente buscam novos saberes no Congresso da Clínica Médica. É um fórum para o qual se leva todos os conhecimentos mais modernos e eficazes, para uma revisão teórico-prática da Medicina.
Estudar -- sempre -- é obrigatório para os médicos. Se você o faz, tem toda a condição de ser um bom profissional. Por outro lado, quem relaxa com os lapidar dos conhecimentos, simplesmente é vencido pela velocidade com que a Ciência se renova.
Dez anos são suficientes para mudar radicalmente a prática médica. Quem deixa de lado a atualização por uma década pode ser qualquer coisa, menos um bom médico.
Sob essa ótica, é possível compreender a importância do Congresso de Clínica Médica para a saúde dos brasileiros. Que iniciativas como essa sejam cada vez mais frequentes. Precisamos e podemos dar muito mais pela saúde e a vida de nossos pacientes. Antonio Carlos, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
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