A ressaca é uma resposta do organismo ao consumo excessivo de álcool. Os sintomas para aqueles que exageram podem ser náuseas, enjoos, vômitos sensação de mal-estar, tontura e dor de cabeça.
Isso ocorre porque o álcool inibe a produção da vasopressina, hormônio que regula a hidratação do corpo humano. em decorrência desse bloqueio, urina-se mais do que o necessário, gerando forte desidratação.
“A melhor forma de prevenir a ressaca é não beber além da conta”, explica o dr. Abrão José Cury, de 60 anos, presidente do Departamento de Clínica Médica da Associação de Paulista de Medicina (APM). “Para os homens não mais do que 40 gramas de álcool por dia e para as mulheres não mais do que 30”.
O cálculo é feito com base na bebida a ser consumida. Dr. Abrão conta que os destilados, por exemplo, têm mais de 40% de teor alcoólico. Então uma dose de uísque de 50 ml já possui 20 gramas de álcool, o que significa que duas doses já passam do indicado.
“Como ninguém vai sair na rua com uma tabelinha no bolso, a recomendação do ponto de vista prático é não beber de estômago vazio e nunca ingerir álcool sem intercalar com água”, adverte o médico.
Além de regular a hidratação, o consumo de água ajuda a preencher o estômago, reduzindo a vontade. Para a prevenção da ressaca uma dica é ficar em uma só bebida. A mistura confunde os sabores, favorecendo o consumo de “saideiras”.
Também é indicado se alimentar antes e durante a ingestão de bebidas, porque isso retarda a absorção para a corrente sanguínea.
Segundo o dr. Abrão José Cury, a ingestão de açúcar e pastilhas para a ressaca não é adequada porque pode promover uma absorção inadequada do álcool pelo organismo.
“A melhor prevenção e tratamento é não exagerar e se manter sempre bem hidratado”.
Consumir álcool pode gerar efeitos graves no corpo humano, evoluindo para uma gastrite, duodenite, pancreatite, hepatite, ou até para arritmia cardíaca. “Atenção: essas doenças podem ser causadas mesmo com o consumo moderado de álcool, dependendo da pré-disposição de cada pessoa. A ressaca é uma resposta ao exagero, mas é o menor dos problemas”, ressalta o especialista.