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Xô Chikungunya


O vírus Chikungunya é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, vetor que precisa de água parada para proliferar. Assim, o período do ano com maior proliferação de casos são os meses mais quentes e chuvosos. No entanto, os ovos podem resistir por um ano até encontrar as condições favoráveis de proliferação.

As pessoas mais velhas são consideradas mais suscetíveis ao vírus Chikungunya, com maior risco de desenvolver a dor articular crônica e outras complicações. A gravidade e o risco de morte aumentam em caso de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Sintomas

A infecção por Chikungunya começa com febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo, muita dor nas juntas e, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo.

Normalmente, os sintomas aparecem de dois a doze dias da picada do mosquito (período de incubação). O quadro agudo dura até 15 dias e é curado espontaneamente. Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos.

Segundo o dr. Osvaldo Nascimento, presidente do Capítulo de Rio de Janeiro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), a infecção advinda da chikungunya pode promover o comprometimento do sistema nervoso através da lesão de nervos, do desenvolvimento de neuropatias múltiplas, de polioneuropatias, da síndrome de Guillain-Barré, bem como mielites, encefalomielites e encefalites.

“Pode prejudicar diferentes sítios do sistema nervoso, quer periférico, quer central ou ambos ao mesmo tempo. Contudo, a relação entre o vírus e esses quadros clínicos ainda está em debate. Ou seja, não podemos afirmar com certeza sua ligação com essas doenças”, explica.

Transmissão

A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

No caso dos fetos, só acontece quando a mãe fica doente na última semana de gravidez. A criança, mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada por uma semana para observação.

Também existe transmissão por transfusão sanguínea.

Tratamento

O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitérmicos e antinflamatórios para aliviar febre e dores. Em casos de sequelas mais graves, pode ser recomendada a fisioterapia.

Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para a correta prescrição dos medicamentos, evitando sempre a automedicação. Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.

As seguintes medidas são importantes para evitar agravamento da chikungunya:

  • Não utilizar AINH (anti-inflamatório não hormonal) na fase aguada.

  • Não utilizar corticoide na fase de aguda da viremia.

  • Não utilizar ácido acetil salicílico (AAS).

Prevenção

“A prevenção implica aspectos de políticas de saúde brasileiras a fim de evitar o transmissor. Os casos de infecção estão muito relacionados às dificuldades socioeconômicas da população”, ressalta dr. Osvaldo.

A melhor prevenção é evitar a proliferação do Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção e até mesmo em recipientes pequenos como tampas de garrafas.

Não existem vacinas contra a chikungunya. Faça a sua parte e previna-se!

Fonte: Ministério da Saúde


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