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Ginecologista geral e neoplasias

Em debate informal, médicos associados da SOGESP discutem onde começa e onde termina o atendimento ginecológico



Qual o papel do médico ginecologista no tratamento de neoplasias ginecológicas? Nestes casos, quando ele deve encaminhar a paciente para outro especialista? Essas perguntas ocuparão a discussão de notáveis professores médicos da especialidade durante Debate Informal (DBI) do Congresso Online da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), em 20 de outubro, às 20h.

À mesa de controvérsia, estarão Luís Otávio Zanatta Sarian, professor titular de Oncologia Ginecológica da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Wagner José Gonçalves, professor livre docente de Ginecologia pela UNIFESP; Claudio Marcellini, doutor em Ginecologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor titular de Ginecologia da Universidade Metropolitana de Santos (UNiMES) e Chefe do Setor de Oncoginecologia do Centro Universitário Lusíada (UNILUS); e Francisco José Cândido dos Reis, professor da área de Oncologia Ginecológica e Mastologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRUSP). O coordenador responsável pelo evento é Sérgio Mancini Nicolau, chefe da disciplina de Ginecologia Oncológica do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

 “O câncer ginecológico necessita de tratamento multidisciplinar. Há sempre variantes: estadiamento e forma sequencial, precisão de quimioterapia, pós-operatório. Certas vezes, por desconhecer a base do tratamento, o paciente acaba em cirurgia desnecessária; em outras ocasiões, atrasos na assistência provocam complicações que seriam perfeitamente evitáveis” explica o doutor Wagner.

Neste DBI de foco tão particular, os palestrantes discorrerão sobre o conceito do ginecologista geral, titulação de especialista, residência médica sem, as subespecialidades e outras questões de base.


Também haverá a abordagem de condutas adequadas e as inadequadas - decorrentes dos pormenores de cada área de atuação, além das possibilidades de eventuais complicações em procedimentos cirúrgicos.


"Hoje, com a multiplicidade de especializações e subespecializações na Ginecologia e Obstetrícia, é sempre importante reavaliar e reciclar informações de excelência sobre os limites de atuação do tocoginecologista. O DBI é para propiciar as melhores orientações aos médicos e, consequentemente, o melhor prognóstico às pacientes", afirma o dr. Luís Otávio.


Segundo o dr. Claudio Marcellini, há pouquíssimos dados na literatura médica. Assim, a discussão será baseada na experiência e titulação em cada subespecialidade.


“Quando você manda um paciente oncológico para o especialista, ele acaba obtendo resultado melhor, afinal, é área que se aprofunda na questão. Em circunstâncias diferenciadas, vemos casos em que o ginecologista geral tem capacitação adequada ao tratamento. É essencial saber diferenciar até que momento uma especialidade pode atuar com segurança e quando deve fazer a transição para outra” adiciona o dr. Luís.


Em determinados episódios de câncer, quando bem iniciais e com características de baixo risco, o tratamento pode ser realizado em serviços gerais, evitando a sobrecarga do sistema, que é dedicado a situações mais complexas.


De acordo com o coordenador Sérgio Mancini, quando os campos de atuação são bem estabelecidos, há mais segurança para a paciente:


“Embora a Ginecologia Oncológica não seja ainda considerada área de atuação, as condutas no atendimento de mulheres com câncer são específicas, e na maior parte dos quadros, o resultado é mais positivo se realizado por profissional com tal formação”.


“O câncer ginecológico apresenta-se como uma das principais causas de mortalidade entre as mulheres do Brasil. O ginecologista, como médico da mulher, tem papel fundamental no diagnóstico precoce destas condições, assim como no encaminhamento correto dos casos. Sua atuação é de preponderante para o diagnóstico precoce das neoplasias genitais”, finaliza Francisco José.

Agende-se: o DBI será em 20 de outubro, às 20h. Para mais informações, acesse https://www.sogesp.com.br/cursos-e-eventos/sogesp-online/congresso-sogesp-online/

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