Paulo Caramelli foi escolhido como vice-chair de 2021 - 2022
e assumirá como chair de 2022 – 2024
Foto: Universidade Federal de Minas Gerais
Principal sociedade internacional de pesquisa, fomento e assistência à doença de Alzheimer e demais demências, a ISTAART (The Alzheimer's Association International Society to Advance Alzheimer's Research and Treatment) terá um membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) no posto maior de seu organograma. Paulo Caramelli, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, foi escolhido para ser vice-chair de 2021 a 2022 e chair durante o biênio 2022 – 2024.
É um importante reconhecimento ao valor da pesquisa produzida em nosso país e à excelência de nossas instituições acadêmicas, a despeito de inúmeras dificuldades. Caramelli possui carreira consolidada/focada nesses dois universos.
Seu currículo traz contribuições como professor de graduação e orientador de pós-graduação, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, pesquisador do Instituto Nacional de Neurociência Translacional (INCT do CNPq), consultor da CAPES, CNPq e FAPESP, e coeditor-chefe de Arquivos de Neuro-Psiquiatria, além de participar do conselho editorial de periódicos científicos nacionais e internacionais.
Associado desde 2009 a Sociedade Internacional para o Avanço da Pesquisa e do Tratamento da Doença de Alzheimer, ele compreende ser essencial incrementar a qualidade da assistência e da pesquisa sobre a doença de Alzheimer em todo o planeta, com ênfase aos países de desenvolvimento baixo e médio. Aliás desde que se tornou membro do conselho da ISTAART, em 2009, trabalha por mais representatividade para os países de baixa e média renda, sobretudo da América Latina:
“Atualmente, cerca de 58% das pessoas com demência estão nesses países. Em 2050, chegarão a quase 70%. Não há dúvida que é um problema de saúde pública e social, um grande desafio para estes países”.
Baseada nos Estados Unidos, a ISTAART é braço da Alzheimer 's Association, criada em 1980, inicialmente como uma associação local, surgida do trabalho e dos sonhos de cuidadores e familiares de portadores da doença de Alzheimer.
Com o tempo, a Alzheimer 's Association extrapolou as fronteiras americanas, conquistando status de principal sociedade internacional desse campo de conhecimento. Em 2008, lançou a ISTAART, para englobar ciência, pesquisa e assistência no campo da doença de Alzheimer e de outras demências.
Hoje, a ISTAART agrega membros neurologistas, geriatras, psiquiatras, cardiologistas, estudantes da graduação e pós-graduação das disciplinas relacionadas, biólogos, bioquímicos, geneticistas, enfim o conjunto de profissionais de saúde e outros, como cientistas sociais e jornalistas. É, digamos assim, uma força-tarefa planetária, de altíssimo nível.
A ISTAART tem grupo de trabalho que se dedicam a áreas específicas da doença de Alzheimer e outras demências, envolvidas na formação de redes de pesquisadores, na promoção de seminários, webinars e eventos científicos, para parar em poucos exemplos.
Por todos os continentes, Alzheimer’s Association mantém programas de incentivo à pesquisa; um por demais relevante é o estudo internacional FINGERS para avaliação da eficácia de intervenções não farmacológicas na prevenção de demência.
“Temos aqui o FINGERS Latino-Americano (LatAm-FINGERS) com doze países da região, incluindo o Brasil”, lembra Caramelli. Participam dois centros: a Universidade de São Paulo, com os professores e membros titulares da ABN Ricardo Nitrini e Sonia Brucki, e nosso grupo na UFMG”.
A Acontece parabeniza Paulo Caramelli e a todos os especialistas do País. Caso queira conhecer melhor a Alzheimer's Association e/ou se associar, acesse www.alz.org.
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