Médicos nacionais e internacionais se reúnem para atualização em evento inédito de Neurologia
A I Convenção Nacional dos Departamentos Científicos, a NEURODC•19, acontece em Campinas, no interior de São Paulo, de 1º e 4 de agosto. O evento reunirá as 24 áreas da Neurologia, possibilitando a reciclagem de médicos e profissionais de saúde com o que há de mais avançado em todo o mundo.
Organizado pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o congresso contará com novidades nas pesquisas de diagnósticos, tratamentos e medicamentos. Yael Hacohen, da Inglaterra; Andrea Slachevsky, do Chile e Pierre-François Pradat, da França, são alguns dos convidados internacionais.
Neuroepidemiologia
O Departamento Científico de Neuroepidemiologia da ABN realizará, em 4 de agosto, das 14h às 17h45, relevantes palestras na NEURODC•19. Entre elas, haverá um debate sobre o impacto socioeconômico do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e as mudanças das abordagens da Neurologia provocadas pelas infecções de arbovírus.
De acordo com o dr. Alexandre Ottoni Kaup, coordenador do DC de Neuroepidemiologia, o AVC é a doença que mais mata no Brasil:
“Temos um papel social nesse sentido, a prevenção não se dá por medidas difíceis ou custosas, mas, sim, pela identificação e controle dos fatores de risco”.
Também estarão em pauta as infecções de dengue, chicungunha e zika, que crescem no Brasil. A programação contará ainda com as palestras “a epidemia de autismo”, na visão do dr. Vinicius de Deus, psiquiatra infantil com larga experiência no uso de Canabis Medicinal no tratamento do autismo; e com o dr. Ivan Okamoto falando sobre “medidas preventivas na Doença de Alzheimer, o que mais podemos querer?”.
O presidente da ABN, Gilmar Fernandes do Prado, está convicto de que a NEURODC•19 permitirá intensa troca de conhecimentos e a estruturação de valiosa rede de contatos, não só do ponto de vista científico como também pessoal.
Pensamento semelhante tem o diretor científico da Academia, Ricardo Nitrini. Ele ressalta que o encontro é valioso para que os profissionais se atualizem quanto ao que há de mais recente em pesquisa científica mundial e ainda para tomar pé da produção brasileira.
“É essencial que saibamos o que está sendo feito em território nacional. Além disso, será uma oportunidade para os jovens pesquisadores conseguirem reconhecimento e visibilidade, já que grande parte da apresentação dos trabalhos científicos será protagonizada pelos mais novos”, argumenta Nitrini.
A grade de atividades completa do NEURODC•19 pode ser acessada em http://neurodc.com.br/