O Brasil é um país de proporções continentais. Qualquer iniciativa que vise beneficiar pessoas ou grupos espalhados por todo o território nacional necessita de uma rede eficiente de capilarização. Foi esse o debate principal de reunião do Conselho Deliberativo da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), em 16 de março.
A meta: diminuir as barreiras da distância física, facilitar a comunicação com os especialistas da área, democratizar informações e o conhecimento de excelência, entre outros pontos.
O Conselho se reúne a cada três meses. Tem como finalidade fazer recomendações sobre questões propostas pela diretoria da ABN. É constituído por cerca de 20 pessoas, entre elas diretores de cada região do País, presidência, secretaria, tesouraria e representantes de comissões.
Para Ricardo Nitrini, diretor científico da ABN, o encontro é de imensa relevância para a academia “As ideias e as discussões que ocorrem no conselho analisam criticamente o trabalho da diretoria, propõem novos caminhos ou reforçam o que vem sendo feito.”, pontuou.
Em 16 de março, uma pauta da maior relevância foi a mudança de regulamentação para a criação de capítulos regionais. Essa alteração regimental tem o intuito de organizar as estaduais da Academia, ou seja, capilarizá-la em todas as áreas do Brasil. Gilmar Prado, presidente da ABN, conta que essa mudança já estava sendo estudada e foi consolidada na reunião:
“A ideia sempre foi levar a Academia para todos os cantos do País, para que cada estado ofereça a seus neurologistas a possibilidade de se organizarem e terem um canal de comunicação conosco. Só dessa maneira, levaremos nossas iniciativas até aquela região”.
Aprovado unanimemente pelo Conselho, o novo regimento facilitará a formação de capítulos, reduzindo custos de filiação e exigências legais. João José Freitas, membro fundador do núcleo de Cefaleias do Serviço de Neurologia do Hospital Geral de Fortaleza, acredita que é um momento histórico “A criação dessa capilarização, a meu ver, se configura em uma das mais importantes iniciativas da ABN de todos os tempos. Com ela, conseguiremos interagir com todos os membros diretamente.”.
Ainda de acordo com Gilmar Prado, a ABN fornecerá todo o suporte necessário no processo: “Cada estado deve ter uma unidade de representação da Neurologia.
Haverá o apoio da Academia em diversos pontos como marketing, imprensa, secretaria e jurídico. Dessa forma, conseguiremos ter eficiência maior de comunicação, atuação e execução de atividades.”, completa.