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19 de maio: dia nacional de combate à cefaleia


O termo cefaleia refere-se a qualquer dor de cabeça e pode ser sintoma de várias doenças, graves ou não, que vão desde uma simples gripe a tumores cerebrais.

“A cefaleia é um sintoma muito comum, experimentado pela maioria das pessoas em algum momento da vida. Por outro lado, a migrânea, ou enxaqueca, é uma doença comum em todo o mundo e que no Brasil atinge cerca de 15% da população adulta. Suas crises podem durar até três dias e fazer com que as pessoas fiquem impossibilitadas de exercer as suas atividades regulares. A dor de cabeça pode ser acompanhada por sensibilidade à luz, aos ruídos e até aos odores. Náusea e até mesmo vômitos complicam ainda mais o quadro”, explica Fernando Kowacs, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

Atualmente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica a enxaqueca como a sexta maior causa de incapacidade por doença, e publicações recentes consideram que alcança o primeiro lugar entre os adultos com menos de 50 anos. “Sabemos também que mais pessoas sofrem com a migrânea e com as suas consequências desde a fase de adulto jovem até a chegada da meia idade, justamente quando as responsabilidades profissionais e familiares são maiores”, informa Kowacs.

Segundo o neurologista, a predisposição genética para enxaqueca já está comprovada. Cerca de 80% dos pacientes com enxaqueca têm familiares com a doença.

Kowacs ressalta que o uso de medicamentos sem orientação médica é comum entre os pacientes que sofrem de cefaleia. “Eles fazem uso de analgésicos sempre que sentem dor e quando a frequência passa de dez dias por mês, a automedicação acaba aumentando ainda mais o número de episódios de dor, pois os medicamentos tendem a perpetuar as crises e a perder a eficácia”, destaca o neurologista.

Kowacs adverte que apesar da maioria das dores de cabeça não serem consequência de alguma doença grave, quando há uma mudança do padrão das crises, presença de outras doenças como câncer ou SIDA ou quando as crises não estão sendo controladas com analgésicos comuns, o diagnóstico e o acompanhamento médico tornam-se fundamentais.


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