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SOGESP JÁ TEM NOVA DIRETORIA TRABALHANDO

  • Foto do escritor: Hotel Cafezal
    Hotel Cafezal
  • 18 de jan. de 2018
  • 5 min de leitura

Foi empossada em 15 de janeiro, a nova diretoria da SOGESP, presidida por Rossana Pulcinelli Vieira Francisco, a primeira mulher a assumir o comando da Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo. A cerimônia, comandada pelo vice-presidente da gestão anterior, Jarbas Magalhães, aconteceu na sede da Associação com a presença de todos os eleitos, além de lideranças como o presidente da FEBRASGO, César Eduardo Fernandes, de ex-presidentes da SOGESP e amigos.

“É um momento extremamente importante e marcante para nossa Associação. Desejo a todos vocês uma gestão absolutamente competente. Sei que são competentes, inteligentes; e tenho certeza que cumprirão bem essa tarefa. Estou convicto que a Rossana irá fazer, com toda a sua inteligência e dedicação, uma gestão excepcional”, afirmou Magalhães.

A mesa foi composta ainda pela presidente eleita Rossana Pulcinelli, pela segunda-secretária Silvana Maria Quintano, e pelo diretor-tesoureiro José Maria Soares.

Além da homologação da diretoria eleita, foram nomeados os integrantes do Conselho Fiscal para o biênio 2018 e 2019.

Em seu discurso de posse, Rossana falou sobre a importância da SOGESP e sobre o apoio que recebeu de ex-presidentes.

“Não poderia deixar de dizer que considero a nossa Sociedade de relevância capital. É com muita alegria que vejo aqui vários dos nossos ex-presidentes. Outros que não puderam comparecer, fizeram questão de registrar essa impossibilidade, como o professor Marcelo Zugaib, Edmundo Bacarat e Krikor Boyaciyan. Por que começo minha intervenção citando os ex-presidentes? O tempo todo temos de estar apoiando o presente, pensando no futuro, mas jamais esquecendo o

passado. Se a nossa SOGESP é o que é hoje, é porque algumas pessoas tiveram a coragem de sonhar, coragem que cada um dos ex-presidentes teve para fazer mudanças significativas, seja a criação das regionais, seja trazer o Congresso para São Paulo, seja o investimento que Francisco Prota fez para o fortalecimento da SOGESP e na aproximação da Associação com seus sócios. Nilson Roberto de Melo trouxe o Congresso do Guarujá para São Paulo. E não posso deixar de citar o que o César Eduardo Fernandes fez pela valorização profissional e pela modernização da SOGESP. Comecei falando dos ex-presidentes porque vocês foram para cada um de nós a força e apoio”.

A presidente aproveitou para destacar trechos de um editorial escrito pelo professor Marcelo Zugaib no livro em comemoração aos 25 anos da Associação.

“Naquele texto o professor Marcelo escreveu ‘eu tive um sonho’ e se olharmos para essas palavras, nós vamos saber qual é a SOGESP que cada um de nós sonhamos. Estamos em busca dessa Sociedade para todos, que possa realmente servir ao associado e não ser utilizada em benefício próprio. É isso que esse grupo pretende e eu tenho confiança de que fará. Precisamos valorizar diariamente os obstetras e ginecologistas para que tenhamos orgulho de ser médico, de ser SOGESP. E é esse orgulho de ser SOGESP eu vi em cada uma dessas pessoas que compõem essa nova diretoria. Assumo que vamos trabalhar o tempo todo para que ao final de dois anos cada um dos nossos associados possa ter orgulho da nossa profissão, mas

também de ser SOGESP”.

Nascida em Muzanbinho (MG), Rossana estudou medicina na PUC de Campinas e fez residência no Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. Com sua permanência na cidade, conclui mestrado e doutorado também na USP e acabou trabalhando como médica no HC. Recentemente passou a integrar o corpo docente da

Faculdade de Medicina da USP.

Empossada agora presidente da SOGESP, Rossana também já participou de outras gestões como coordenadora de obstetrícia, secretária geral e coordenadora científica de obstetrícia. Na entrevista, a seguir, ela fala um pouco das expectativas para a gestão.

Como surgiu a ideia de se candidatar?

A ideia de me candidatar surgiu porque eu e mais alguns diretores, que fazíamos parte da gestão anterior, discordamos da forma que a SOGESP estava sendo administrada. Achávamos que a SOGESP precisava e poderia ser maior do que é hoje. Percebíamos que não existia um sentimento de valorização e orgulho dos associados em fazer parte da SOGESP. Nós temos visto que a cada dia o médico obstetra e ginecologista perde espaço e se a nossa sociedade não se preocupar com a nossa valorização, ficaremos desacreditados diante de nós mesmos e dos pacientes. A partir desse pensamento, chegamos à conclusão de que havia uma possibilidade de oferecer uma nova chance, uma gestão diferente. Então esse grupo de diretores se uniu e buscamos também outras pessoas que tinham o mesmo entendimento e que acreditavam que a SOGESP podia ser muito mais

para o associado.

Qual é a prioridade da nova gestão?

O maior destaque que devemos dar é a valorização profissional. Isso porque se observarmos bem, na gestão do dr. César, houve avanço muito grande nessa área. Tivemos campanhas de mídia, manifestações, esclarecimentos à população. Só que depois essas iniciativas ficaram estagnadas; e toda vez que você tem uma estagnação na verdade você não fica no mesmo ponto, você regride. Daí, a principal proposta nossa é a valorização profissional porque acreditamos que, se não tivermos ações continuas por melhor remuneração, para que a sociedade entenda a importância do ginecologista e do obstetra, vamos continuar regredindo, como nos tempos recentes. Esse é o principal ponto. Mas existe ainda uma preocupação grande com as regionais, que não têm autonomia que deveriam ter. Então o que percebemos é que elas ficam muito amarradas à SOGESP central e não conseguem desenvolver ações próprias e isso faz com que os associados do interior fiquem cada vez mais distantes da Associação. São nove regionais, todas bem estruturadas, e que correspondem muito às divisões regionais de saúde do governo do Estado.

Cada regional terá incentivo para preparar um planejamento estratégico daquilo que é importante para seus GOs. É muito difícil quando a diretoria geral impõe decisões à regional. O que nós podemos fazer é ajudar na execução desse planejamento e inclusive oferecer um suporte. A SOGESP tem um caixa que é bastante bom, mas precisa investir no associado. O que vemos é que são poucos eventos gratuitos, poucas situações em que o sócio enxerga algum benefício no fato de pertencer à SOGESP. Precisamos primeiramente reativar a comissão de valorização profissional com a participação de um membro de cada regional.

Outro ponto importante é rever os processos jurídicos que temos em andamento e analisar qual o melhor fluxo. Um terceiro ponto é nós finalizamos uma avaliação dos convênios, um ranking dos convênios para ginecologia e obstetrícia, e precisamos a partir de agora fazer uma negociação com as operadoras em busca de melhor remuneração. Também temos de trabalhar na qualificação do nosso profissional porque quanto melhor capacitado melhor ele será remunerado. Estabelecer comunicação com a sociedade de forma clara e objetiva para que o paciente entenda o que acontece com o médico obstetra e ginecologista, além da importância desse médico para as mulheres.

Você é a primeira mulher a assumir a presidência da SOGESP?

Sim, sou a primeira mulher a assumir a presidência da SOGESP, o que na verdade é algo bastante significativo porque o número de associadas mulheres é maior do que os associados homens. E também entre os profissionais as mulheres são maioria. Isso é um marco porque é importante que nós ocupemos os lugares, e não é uma questão de homens contra mulheres, mas uma questão de ocuparmos um espaço que também é nosso com competência e qualidade.


 
 
 

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