Cláudia Raia, consagrada artista da TV, do teatro e do cinema, é a nova estrela da Campanha Mulher Coração. Conhecida por diversos trabalhos, a atriz e dançarina tem participação em novelas de sucesso como Sassaricando, Beijo do Vampiro, A Favorita, Salve Jorge e A Lei do Amor, no programa humorístico TV Pirata, nos filmes Kuarup e Boca de Ouro, e nas peças teatrais A Chorus Line, onde despontou para a fama, Não Fuja da Raia, Cabaret e Cantando na Chuva, entre muitos outros.
Até pouco tempo havia o mito de que problemas do coração eram próprios dos homens, uma realidade que se alterou bastante nas últimas gerações. Com a mudança no estilo de vida, as mulheres passaram a exercer um novo papel, que representa importante conquista histórica. Por outro lado, também altera hábitos de vida, eleva o estresse e afeta a saúde do coração, com o consequente aumento do risco de problemas cardíacos.
Estimativas apontam 350 mil óbitos no Brasil em 2016 em consequência de males do coração. No planeta, 23 mil mulheres morrem diariamente vítimas de doenças cardiovasculares, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Diante dessa preocupante situação, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) lançou, em 2016, a campanha permanente Mulher Coração, a fim de orientar e alertar as mulheres de todo o Brasil sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
“A ideia nasceu da necessidade de informarmos as mulheres sobre a prevenção de doenças cardiovasculares. Na maioria das vezes, elas não sentem os sintomas comuns, como dores no peito, e, por conseguinte, não valorizam os sinais de possíveis problemas. Aproximadamente 30% dos acidentes cardiovasculares acontecem entre a população feminina no Brasil, assim, é de nossa responsabilidade divulgar as formas de identificar e evitar estes casos”, afirma o presidente da SBCM, o professor Antônio Carlos Lopes.
O especialista reforça que as mulheres estão mais expostas aos fatores de risco, como pílulas anticoncepcionais, menopausa e tabagismo. “A falta de sintomas característicos deixam-nas mais vulneráveis a relacionar cansaço, náusea, dores na parte superior do abdome, nas costas e no pescoço aos reflexos de seus estilos de vida agitados e estressantes”, alerta o especialista.
A recomendação é que a visita ao médico cardiologista seja feita o quanto antes para saber se há algum fator familiar de risco cardíaco e, após os 40 anos, precisa ser periódica. A prevenção deve começar desde cedo, a partir de hábitos saudáveis como boa alimentação, atividades físicas e lazer. Além de reduzir o risco de doenças cardíacas, essas práticas auxiliam na qualidade de vida, física e mental.
Fatores de risco
Chegada da menopausa
É o período no qual a mulher para de fabricar o estrogênio, hormônio responsável pela manutenção do revestimento dos vasos sanguíneos.
Uso de pílulas anticoncepcionais
Sua ingestão, que em geral acontece desde a adolescência, pode aumentar os riscos de trombose, ou seja, entupimento de veias ou artérias.
Terapia de reposição hormonal
O procedimento pode ajudar na prevenção dos principais sintomas da menopausa, como falta de desejo sexual e alteração de humor, mas se torna importante fator de risco para a saúde cardíaca.
Doenças pré-existentes
Mulheres com diabetes, hipertensão e alteração nas taxas de colesterol têm maior predisposição para o desenvolvimento das cardiopatias.
Maus hábitos
Má alimentação, falta de atividade física regular e tabagismo também são condutas que ameaçam a saúde do coração
Falta de sintomas
O infarto está entre os principais problemas cardíacos e, devido à falta de sintomas típicos do organismo feminino, pode causar o dobro de mortes em comparação com os homens.
“A mulher muitas vezes não sente a dor característica no peito. Sente apenas cansaço, náuseas, dor na parte superior do abdome, nas costas e no pescoço. Isso dificulta o diagnóstico, fazendo com que o problema cardiovascular passe facilmente despercebido.”
Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
Como cuidar
Pequenas mudanças na rotina da mulher são capazes de evitar oito em cada dez casos de doenças cardíacas.
Alimentação
Busque uma dieta equilibrada e saudável. Prefira alimentos ricos em fibras e gorduras mono e poli-insaturadas que auxiliam na redução do colesterol ruim (LDL). São eles: Soja, feijão, lentilha, grão de bico, tomate, peixes, azeite, alho, aveia, banana, castanhas. Evite sanduiches fast-food, frituras, embutidos, alimentos industrializados e carnes gordas.
Peso
Mantenha o peso ideal.
Atividade física
Pratique exercícios físicos regularmente.
Acompanhamento médico
Faça acompanhamento periódico dos índices de colesterol e da pressão arterial.