Visando atender a demanda da prática do exercício profissional de competência da enfermagem em urgência e emergência, representantes do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP) e Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) se reuniram, em 12 de julho, na sede do CREMESP. Na ocasião, foi criado o grupo de trabalho para discussão acerca do atendimento que envolve o atendimento pré-hospitalar no Estado de São Paulo.
“É necessário discutir a questão ética da assistência e tomada de decisões pelo SAMU, suas Centrais de Regulação e Grupo de Resgate e Atenção às Urgências, em situações previstas e compatíveis com a atribuição da enfermagem. A portaria nº 2048/2002 do Ministério da Saúde especifica o papel de nossa categoria, mas é incompatível com a prática. A norma necessita de revisão”, explica Fabíola de Campos Braga Mattozinho, presidente do Coren-SP.
O objetivo é trabalhar em prol de uma regulamentação adequada pelo melhor atendimento à população, de modo que não exista interferência entre as atuações médicas e da enfermagem. Para o enfermeiro Sérgio Dias Martuchi, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Urgências , Emergências e Atendimento Pré-Hospitalar (UEAPH) do Coren-SP, é fundamental chegar a um senso comum por uma assistência horizontal ao paciente.
Fabíola reitera, ainda, que são vários os caminhos para se normatizar a assistência em urgência e emergência, e, para tanto, as discussões devem ser ampliadas. “Temos que nos deparar com a realidade dos profissionais em campo e suas condições de trabalho, de modo a rever os protocolos já existentes e sua eventual ampliação em termos de formação e capacitação”, destaca.
A próxima reunião do Grupo ocorrerá em meados de agosto, quando os Conselhos levantarão suas diretrizes sobre o tema e discorrerão sobre a melhor interface em prol de um modelo de atendimento que seja satisfatório aos profissionais à frente das urgências e emergências, assim como assertivo a população.