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Prevenção ginecológica: cada exame em seu tempo


Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a figura feminina ganha mais destaque na mídia. Por essa razão, este é um excelente momento para falar da saúde delas, especialmente em ginecologia – área considerada a clínica geral das mulheres. Exames preventivos, imunização em dia e hábitos saudáveis são algumas medidas que contribuem ao bem-estar em todas as etapas da vida.

Dr. Luciano de Melo Pompei, Coordenador Científico de Ginecologia da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), explica que, em essência, um dos exames mais importantes em termos de prevenção ginecológica para todas as idades é o Papanicolau. Por detectar doenças lesões precursoras do câncer de colo de útero, faz parte da rotina de toda mulher e indicado para mulheres com vida sexual ativa.

“A recomendação da faixa etária para sua realização é variável, cada país adota um critério. No Brasil, o Ministério da Saúde indica a partir de 25 anos, no entanto, na prática, realiza-se a partir do início da vida sexual. E a frequência, de acordo com o MS, segue um intervalo de 3 anos após dois anuais sem alterações”, afirma Pompei.

Os exames de sangue têm maior periodicidade, especialmente os de colesterol, glicose - para rastreamento de diabetes ou pré-diabetes - e creatinina, que investiga a função renal. Quanto mais jovens, o intervalo de repetição é maior. Na pós-menopausa, a orientação padrão é de realização anual.

A partir dos 40 anos, o exame mais recomendado é a mamografia, principal rastreador e responsável pelo diagnóstico precoce do câncer de mama. “Deve ser refeito a cada um ou dois anos. Quando há antecedente familiar de 1º grau (mãe ou irmã), o rastreamento deve ser iniciado 10 anos antes do caso mais jovem da família”, frisa dr. Luciano.

Para as mulheres com mais de 65 anos, é recomendada a desintometria óssea para diagnosticar osteoporose. Antes disso, somente em mulheres que apresentam risco ou algum motivo para suspeitar da doença. Frequentemente, após a menopausa, também é solicitada a ultrassonografia pélvica, especialmente para aquelas que fazem uso de terapêutica hormonal.

Orientação

A consulta ginecológica de cunho preventivo deve ser anual, exceto quando a mulher possui alguma queixa de saúde. “Nesta visita ao ginecologista, ela aproveita para obter esclarecimentos de dúvidas íntimas, avaliação de métodos anticoncepcionais e diversas questões que envolvem a saúde reprodutiva”, avalia o Coordenador Científico de Ginecologia da SOGESP.

Pompei ressalta, ainda, que existem exames com finalidade preventiva, outros para detectar lesões que são precursoras de doenças mais graves ou em estágios muito iniciais, o que propicia melhor condição de cura. “É importante seguir as recomendações oficiais, uma vez que o diagnóstico precoce pode mudar o prognóstico, tornando-o favorável”, conclui.


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